quarta-feira, 21 de abril de 2010

Cálculo

Deixo aqui o texto sobre cálculo que escrevi para a monografia.

http://www.scribd.com/doc/30275065/anexo-sobre-calculo-faltam-tabelas

terça-feira, 13 de abril de 2010

Johannes Kepler - A Vida II

   Como apaixonado pelos astros, Kepler estuda, durante os seus anos de universitário, os modelos celestes da altura (o modelo heliocêntrico de Copérnico e o modelo geocêntrico de Ptolomeu), tornando-se grande defensor do modelo heliocêntrico e participando em várias discussões entre alunos.

    Durante alguns anos trabalha como professor universitário em Graz, na Áustria, onde começa a publicar diversos trabalhos sobre astronomia sendo o seu primeiro grande trabalho o Mysterium Cosmographicum, onde aborda o modelo heliocêntrico, e tenta encontrar o plano geométrico de Deus para o Universo.

    Visto que esta é uma época em que a Inquisição está bastante activa, o apoio de Kepler à teoria heliocêntrica e outras ideias por si expostas levam a que o Santo Ofício exercesse uma crescente pressão sobre ele. Numa tentativa de escapar a estas pressões, Kepler muda-se para Praga onde trabalha como assistente de Tycho Brahe. Tycho possuía observações extremamente detalhadas de Marte e desempenhava a função de matemático imperial e, apenas um ano após o começo do seu trabalho para Tycho, Kepler vê-se na posse de ambos: o posto de matemático imperial e os dados recolhidos ao longo de tantos anos. Estes dois factores permitem-lhe desenvolver o seu trabalho sobre a órbita dos planetas com informação extremamente detalhada, assim como levam a que adquira uma estabilidade financeira que até aí não possuía.

   Após anos a estudar a informação de Tycho, Kepler conclui que a órbita desse planeta seria elíptica, ao contrário da órbita circular até aí aceite. Com esta nova informação foi-lhe possível teorizar que todos os planetas teriam uma órbita elíptica com o Sol num dos focos desta. Esta será uma das “Leis de Kepler”, juntamente com outras duas.

   Ao longo dos anos Kepler publica vários trabalhos relacionados com a mecânica celeste, assim como estudos na área da óptica.

   Em 1623, Kepler publica Tabulae Rudolphinae, um catálogo das estrelas e planetas observados por ele e com informação das observações de Tycho Brahe. Este é considerado o seu maior trabalho sendo também o seu último.
   A 15 de Novembro de 1630, em Regensburg, Kepler morreu.

Johannes Kepler - A Vida I

   Kepler foi uma das mais importantes figuras na revolução científica que ocorreu no século XVII. Foi matemático, astrólogo e astrónomo, tendo ficado principalmente conhecido pelo seu trabalho na área da astronomia e pelas suas três “Leis de Kepler”, que procuram explicar a mecânica celeste.

   Nascido a 27 de Dezembro de 1571, em Stuttgat, na Alemanha, no seio de uma família cuja fortuna se encontrava em declínio, Kepler desde novo provou ser um prodígio na área da Matemática.  

   Aos 9 anos já tinha assistido à passagem de um cometa pela Terra e a um eclipse lunar, tendo estes acontecimentos grande importância no desenvolvimento da sua paixão pela Astronomia.

   Em 1589 assiste a aulas na Universidade de Tübingen como aluno de teologia. Mais uma vez destacando-se pelas suas capacidades matemáticas, Kepler aumenta a sua reputação universitária traçando o horóscopo de vários colegas, trabalho considerado cientificamente correcto e aceite.
  
   Realizando um enquadramento da Astronomia na História da Humanidade, constatamos que até muito tarde os conceitos de Astronomia e de Astrologia não se encontram devidamente definidos e distanciados, sendo simples, na verdade, a explicação deste fenómeno.
   Comparando a Astronomia e a Astrologia é de assinalar o facto de ambas realizarem observações dos movimentos dos corpos celestes. Estas observações, até ao aparecimento de um telescópio viável, eram realizadas a “olho nu”, ou seja, apenas era observado o movimento dos planetas e nada mais, sendo possível a um bom astrónomo da época prever a localização futura dos planetas e os seus alinhamentos. Assumindo estes factos, é relativamente fácil percebermos o porquê de a Astrologia e a Astronomia não serem devidamente delimitadas até ao aparecimento do telescópio e outros instrumentos de medição, sendo o astrónomo visto como alguém capaz de prever o futuro através dos céus, levando isto a que muitos se tornassem conselheiros reais.