Para este axioma, segundo o qual a componente do movimento descendente é a mesma que a de um corpo em queda livre, Galileu não apresentou uma demonstração experimental, ainda que se tivesse referido à possibilidade de efectuar uma.
Exemplos como a velocidade e o tipo de movimento de uma bomba ou de um míssil levado por um transporte aéreo, o atirar uma pedra de um comboio e perceber o seu movimento, a bola que bate numa raquete de ténis ect, tudo isto é certamente uma medida do génio de Galileu.
Em todos estes casos, a componente horizontal exemplifica a tendência de um corpo que se move com velocidade constante em linha recta, para continuar em linha recta ainda que perca o contacto físico com a fonte original desse: movimento uniforme. Pode também ser descrita como uma tendência de alguns corpos para resistirem a qualquer alteração do seu estado de movimento, propriedade usualmente conhecida desde Newton como a inércia de um corpo. Porque a inércia é, evidentemente, tão importante para a compreensão do movimento, estudaremos um pouco mais intimamente os pontos de vista de Galileu – não tanto para apresentar as suas limitações como para ilustrar quão difícil era formular integralmente a lei da inércia e arruinar os últimos vestígios da velha física.
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