segunda-feira, 15 de março de 2010

Galileu e a Cência do movimento - I


Na análise do problema dos graves, Galileu efectivou provas que fundavam-se em deixar cair corpos de locais elevados, e principalmente na sua juventude em Pisa, de uma torre. Conquanto instituíssem outro golpe contra Aristóteles, as experiências da torre seguramente não patentearam a Galileu uma lei nova e exacta sobre a queda dos graves.



Nota:


Galileu aceitou que outros antes dele haviam especulado que o movimento natural da queda de um grave é ininterruptamente acelerado. Porém asseverou que tinha sido obra sua descobrir a “proporção na qual essa aceleração ocorre”. Envaidecia-se de ter sido o primeiro a descobrir que “os espaços percorridos na queda livre, em tempos iguais, por um móvel inicialmente em repouso, estão entre si na mesma proporção que os números ímpares consecutivos”. Igualmente comprovou que os “mísseis ou projécteis” não descrevem uma trajectória curva qualquer; a curva é de facto uma parábola.



A obra publicada, Discursos e Demonstrações às Duas Novas Ciências, compreende a sequência das ideias que Galileu pretendia fazer crer ter seguido. Foi esta apresentação pública que, na realidade, condicionou o avanço da ciência no domínio do movimento, desde a nova cinemática revolucionária de Galileu à moderna ciência da dinâmica.


Ainda que Galileu fosse erudito de que as acelerações resultam de forças (a aceleração dos graves é produzida pelos respectivos pesos), não se centralizou neste aspecto do problema. Uma vez que Galileu tomou em ponderação as forças e os movimentos em alguns casos particulares, mas relevantes, podemos descrever a sua matéria como uma cinemática com alguma dinâmica.



Estudo de Galileu:


1. Em primeiro lugar, Galileu apura as leis do movimento uniforme, no qual a distância é proporcional ao tempo, e a velocidade é, por consequência, imutável.


2. Posteriormente trata do movimento acelerado.


Seguindo a premissa de que a natureza é elementar, e que, a modificação mais simples é aquela na qual a própria mudança é constante, Galileu constitui que, se há um crescimento igual de velocidade em cada intervalo de tempo ininterrupto, este é decididamente o movimento acelerado mais básico imaginável.

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