A descoberta dos novos planetas surgiu como o descobrimento de um novo mundo e Galileu terá sido inclusive relacionado com Cristóvão de Colombo.
Depois de 1609, quando a humanidade viu, através dos olhos de Galileu, como era o cosmos, foi obrigada a aceitar o facto de o telescópio mostrar que o mundo não era ptolemaico e aristotélico pois a peculiaridade atribuída à Terra não podia ajustar-se à realidade.
Existiam somente duas hipóteses:
- Recusar ver através do telescópio ou
- Rejeitar a física de Aristóteles e a antiga astronomia geocêntrica de Ptolomeu.
É possível apreender que depois de 1610 se tornou cada vez mais claro que a velha física tinha de ser largada para dar lugar a uma nova física – uma física harmonizável com o movimento da Terra sustentado por Copérnico.
Nota:
As observações de Galileu das fases e dimensões relativas a Vénus e da ocasional fase convexa de Marte provavam que Vénus e, presumivelmente, os outros planetas, se moviam em órbitas em torno do Sol. Não há observação planetária pela qual, aqui na terra, se possa provar que o nosso planeta se move numa órbita solar.
Nota:
As observações de Galileu das fases e dimensões relativas a Vénus e da ocasional fase convexa de Marte provavam que Vénus e, presumivelmente, os outros planetas, se moviam em órbitas em torno do Sol. Não há observação planetária pela qual, aqui na terra, se possa provar que o nosso planeta se move numa órbita solar.
Para muitos sabedores das décadas que se seguiram às observações telescópicas de Galileu, a preocupação não era tanto a urgência de uma nova física, como a indispensabilidade de um novo sistema do mundo. Estava sobrepujada a ideia de que a Terra ocupava um lugar fixo no centro do universo e era agora concebida como estando em movimento, nunca ocupando o mesmo lugar em dois momentos consecutivos.
Excedida estava também a conveniente ideia de que a Terra era excepcional, que era um objecto exclusivo sem símile em qualquer ponto do Universo e que a sua peculiaridade impunha uma morada especial.Cedo se levantaram outras dificuldades, uma dos quais era a extensão do universo. Para os antigos o universo era finito e cada uma das esferas celestes, incluindo a das estrelas fixas, era de dimensão finita e no seu movimento diurno, cada uma das suas partes tinha uma velocidade finita. Se as estrelas se encontravam a uma distância infinita não poderiam mover-se com um movimento circular diário em torno da terra com velocidade finita, visto que a trajectória de um objecto com uma distância infinita deverá ser infinitamente extensa e o tempo que leva a percorrer uma distância infinita não pode ser finito.
Assim, no sistema geostático, as estrelas fixas estavam não só fixas umas em relação às outras como também estavam fixas no espaço e não havia demarcação quanto á distância.
Curiosidade:
Nem todos os Copernicanos encaravam o universo como infinito e o próprio Copérnico seguramente congeminava que o mundo era finito, tal como Galileu. Mas outros viram nas descobertas de Galileu a indicação da presença de inúmeras estrelas a distâncias infinitas e a própria Terra reduzida a um ponto.
Após Galileu ter concluído as suas descobertas com o telescópio tornou-se urgente, decifrar os problemas de uma física da Terra em movimento.
Galileu devotou notavelmente parte das duas aptidões intelectuais a este problema e os efeitos foram produtivos já que lançou bases da moderna ciência do movimento.
Tentou solucionar dois problemas diferentes:
i. Decifrar o comportamento dos graves na Terra móvel que aparentam cair exactamente como cairiam
se a Terra estivesse em repouso.
ii. Determinar novos princípios para o movimento dos graves em geral.
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